Recentemente, (abrangendo as temáticas dadas nos módulos de CP5 e STC7) li o livro “Nunca me deixes” de Kazuo Ishiguro, que aborda a questão da clonagem humana.
Na minha opinião, este livro é tão fascinante como perturbador, pois, à medida que o desfrutava, fui-me apercebendo da fragilidade humana e de como os clones estão destinados a “servir” os seus “criadores”, doando-lhes os órgãos até ao limite.
Ao ler o livro, fui completamente invadida por uma sensação de revolta e repulsa, pois considero a clonagem um atentado à espécie humana.
Como é possível criar, em laboratório, um ser humano e limitá-lo à informação, à educação, ao desenvolvimento e, sobretudo, condená-lo a um destino cruel, sem lhe dar possibilidade de escolha?
É como se fosse “sucata” e apenas servisse para a recolha de “peças”… Até me arrepio com essa possibilidade: parece-me desumano, anti-ético e ... deplorável!
Os Clones são pessoas e têm sentimentos, receios, dúvidas …tal como todos nós! E chega a ser comovente a indiferença das pessoas face a este assunto, pelo que considero extremamente importante que todos tenhamos consciência da necessidade de uma reflexão colectiva, sem nunca esquecer os nossos valores, as nossas convicções e sobretudo, aquilo que representamos na sociedade, ética e moralmente!
Vera Freitas, aluna da turma EFA de Técnico de Secretariado