terça-feira, 5 de julho de 2011

Sugestão de Leitura para Férias I

“As velas ardem até ao fim”, de Sándor Márai
SándorMárai nasceu em 1900, em Kassa, uma pequena cidade húngara que hoje pertence à Eslováquia. Passou um período de exílio voluntário na Alemanha e na França durante o regime de Horthy, nos anos 20, até que abandonou definitivamente o seu país em 1948, com a chegada do regime comunista, tendo emigrado para os Estados Unidos.
A subsequente proibição da sua obra na Hungria fez cair no esquecimento quem nesse momento era considerado um dos escritores mais importantes da literatura centro-europeia. Foi preciso esperar várias décadas, até à queda do regime comunista, para que este extraordinário escritor fosse redescoberto no seu país e no mundo inteiro. Sándor Márai suicidou-se em 1989, em San Diego, na Califórnia, poucos meses antes da queda do muro de Berlim.
E reli e irei reler e apelo à (re)leitura deste romance de Sándor Márai As Velas Ardem Até ao Fim. Todas as noites têm luz quando se sugere um livro como este, pleno de palavras meticulosamente talhadas na alma das pedras.
A realidade é um pormenor na luz flutuante do salão que abriga o diálogo entre dois homens, amigos inseparáveis. Amigos migratórios. Amigos que reconhecem os defeitos e as consequências dos mesmos. Amigos que se não amam apenas pelas virtudes e pelas fidelidades. Amigos até que ambos amparam a bala que afinal não era inteiramente sincera.
 M. Teresa Ribeiro B. Vieira sobre Sándor Márai no blogue do Centro Nacional de Cultura

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Recordar Eugénio de Andrade

No mês em que passam 6 anos da morte de Eugénio de Andrade, é urgente recordar o poeta (é sempre urgente recordá-lo, na verdade).

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus

segunda-feira, 13 de junho de 2011

‎123º ANIVERSÁRIO DE FERNANDO PESSOA

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa,... 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".Por ter crescido na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu a língua inglesa. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa dedicou-se também a traduções desse idioma.
Ao longo da vida trabalhou em várias firmas como correspondente comercial. Foi também empresário, editor, crítico literário, ativista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicista, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterónimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".

 Sonho. Não sei quem sou neste momento

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me. Na hora calma
Meu pensamento esquece o pensamento,
 
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber. Se acordo
Parece que erro. Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.

Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,
Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,

Coração de ninguém.

domingo, 1 de maio de 2011

Poema à Mãe

No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe.

Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


Eugénio de Andrade, in «Os Amantes Sem Dinheiro»

domingo, 27 de março de 2011

Dia Mundial do Teatro


"O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana." (Federico García Lorca)

"No teatro descobri que existem duas realidades, mas a do palco é muito mais real." (Arthur Miller)

"Teatro só faz sentido quando é uma tribuna livre onde se podem discutir até às últimas conseqüências os problemas do homem." (Plínio Marcos)

"O teatro não se repete, apesar de ser sempre o mesmo. Cada representação é como estar diante de um novo personagem." (Beatriz Segall)

Talvez no teatro da vida se divirtam todos, mas não o actor."(George Bernard Shaw)

"Ir ao teatro é como ir à vida sem nos comprometer." (Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Quem Morre?


Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is"
em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos
dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se
da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

domingo, 20 de março de 2011

A Poesia está na Rua

A partir de amanhã, dia 21 de Março, a Poesia sairá à rua e provocará os mais distraídos. Este ano o tema é “Erotismo e Romantismo” e durante nove semanas e meia a sensibilidade andará à flor da pele. Consulte aqui o programa e desperte os sentidos e emoções.

Dia do Pai

Com um dia de atraso, aqui fica a nossa homenagem a todos os pais com um belíssimo poema de Pablo Neruda:


O Pai


Terra de semente inculta e bravia,
terra onde não há esteiros ou caminhos,
sob o sol minha vida se alonga e estremece.

Pai, nada podem teus olhos doces,
como nada puderam as estrelas
que me abrasam os olhos e as faces.

Escureceu-me a vista o mal de amor
e na doce fonte do meu sonho
outra fonte tremida se reflecte.

Depois... Pergunta a Deus porque me deram
o que me deram e porque depois
conheci a solidão do céu e da terra.

Olha, minha juventude foi um puro
botão que ficou por rebentar e perde
a sua doçura de seiva e de sangue.

O sol que cai e cai eternamente
cansou-se de a beijar... E o outono.
Pai, nada podem teus olhos doces.

Escutarei de noite as tuas palavras:
... menino, meu menino...

E na noite imensa
com as feridas de ambos seguirei.

Pablo Neruda, in "Crepusculário"
Tradução de Rui Lage

domingo, 6 de março de 2011

História de Vida

“Leiam muito e escrevam, leiam e escrevam”.
Foi esta a mensagem que a nossa convidada, D. Carolina Ruão, mãe do professor e nosso colega Camilo Ruão, transmitiu, na 4ª feira na Biblioteca Escolar, aos adultos que frequentam diferentes cursos na escola no âmbito das Novas Oportunidades.
Esta grande senhora de “quase 88anos”, como gostava de frisar, veio apresentar o seu livro recentemente editado (Edição de autor) “Quatro Estórias para ti Avô”. Como por magia e numa sala completamente cheia, fez-se silêncio e deu-se início a um período de encantamento. Baixinho, com muita ternura, contou um pouco da sua “História de Vida” e, com palavras serenas, muita inteligência e, até, com algum humor, hipnotizou a plateia declamando alguns dos seus poemas. Explicou que não o fazia de memória, porque “memória tenho pouca”, disse ela, mas que aquelas palavras eram dela, eram a sua essência e brotavam com naturalidade do seu ser.
Explicou a importância da escrita na sua vida, como esta necessidade sempre a acompanhou, como foi “rabiscando” sempre uns papéis que guardava e, outros, que acabava por deitar fora, até que, aos 85 anos, decidiu inscrever-se na Universidade Sénior… A parir daqui é fácil adivinhar e todos percebemos que nunca é tarde para começar. Mas esta conclusão simplista não é suficiente para compreendermos que:

“Nada se faz por acaso
A isto já eu cheguei,
É o destino traçado
Ou Deus que orienta o que faço?
Isso não sei.

Sei que é um privilégio
Escrever história nesta idade
Sem ter regras de colégio,
Pois tudo faço em liberdade.”

A sua sensibilidade tocou-nos a todos, aliás uma sensibilidade que a própria não sabe “se adequada à sua idade”, pois como diz no prólogo do seu livro “(…) 87 anos já não me permitem que mostre o que me vai na alma como se estivesse a atravessar o meu período de juventude”. Mas nós, que assistimos a este momento como alheados no tempo, sabemos que sim, que este sentir não tem idade.
Não foi a escola que teceu “saberes e afectos”, mas foi a escola, na pessoa da D. Carolina que tornou possível um momento único e inesquecível.
Obrigada, é uma palavra demasiado singela para agradecer todos os sentimentos e emoções que esta maravilhosa senhora nos fez sentir. Ficamos à espera dos próximos livros. Ficamos à sua espera.

terça-feira, 1 de março de 2011

Rasgos de Emoção

Às vezes a Poesia ganha vida, outras vezes é a própria vida que se transforma em Poesia. Ontem, na Biblioteca Escolar, a professora Maria José Guimarães deu vida à sua poesia e partilhou com os adultos que frequentam os cursos EFA e UFCDs o seu novo livro “Rasgos de Emoção”.

A autora apresentou o seu universo poético  numa linguagem simples, explicou como a necessidade da escrita se materializa no papel e lápis e a importância da poesia na sua vida. As emoções vividas e sentidas ganham forma de poema e, às vezes, as ilustrações acontecem como a recriação das palavras em formas estilísticas.

Os adultos foram convidados a declamar poemas e, em seguida, a recriar alguns desses poemas a partir de uma actividade sugerida pela autora. Parece que de poeta e de louco todos temos um pouco! Os adultos aderiram com entusiasmo e mostraram talento em ‘jogar’ com as palavras. Mais um momento de declamação se seguiu em que a partilha de emoções se consubstanciou em palavras como Liberdade, Amor e Paz.

A Poesia a revelar o que de mais importante existe em cada um de nós.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Carta - Dia dos Namorados

Carta (Esboço)

Lembro-me agora que tenho de marcar um
encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer. Muitas
vezes me lembrei de que esse sítio podia
ser, até, um lugar sem nada de especial,
como um canto de café, em frente de um espelho
que poderia servir de pretexto
para reflectir a alma, a impressão da tarde,
o último estertor do dia antes de nos despedirmos,
quando é preciso encontrar uma fórmula que
disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É
que o amor nem sempre é uma palavra de uso,
aquela que permite a passagem à comunicação ;
mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,
de súbito, o sentido da despedida, e que cada um de nós
leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio
ser, como se uma troca de almas fosse possível
neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e
me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas
vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,
isto é, a porta tinha-se fechado até outro
dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então
as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem
sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar
um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos
para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que
é também a mais absurda, de um sentimento; e, por
trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia
seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores
do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos
encontrar, que há-de ser um dia azul, de verão, em que
o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí
que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,
que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo
das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.

Nuno Júdice, in “Poesia Reunida”

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Comunidade de Leitores 1

     A Comunidade de Leitores reuniu pela 1ª vez na passada quarta-feira na BE. Foi apresentado o projecto aos participantes e delineou-se a estratégia futura. Os encontros ficaram combinados para a 1ª quarta-feira de cada mês, onde se partilhará as impressões da leitura realizada e se escolhe o livro seguinte.
     O primeiro livro será “O Leitor” de Bernhard Schlink. Para além de o título ser sugestivo à actividade desta comunidade, a temática é actual e muito pertinente para os adultos que se juntaram a esta iniciativa e se encontram a desenvolver (ou já desenvolveram) o processo de RVC no CNO da nossa escola. Também contamos com a participação da professora Helena Magina e da D.Fernanda que trabalha na escola e, ultimamente, desenvolve a sua actividade na biblioteca. Apesar de nem todos os inscritos terem estado presentes, ficamos à espera deles para o próximo encontro e acreditamos que esta comunidade vai crescer.
     Todos aqueles que, por razões diversas, não poderão estar presentes nos encontros mensais, podem seguir a actividade desta comunidade pelo blogue e, acompanhando a leitura dos livros seleccionados, partilharem as suas impressões.
     Desejamos a todos bons momentos de leitura.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fernando Namora - Coisas, Pequenas Coisas

Faz hoje 22 anos que Fernando Namora nos deixou.
Fernando Gonçalves Namora (Condeixa-a-Nova, 15 de Abril de 1919 - Lisboa, 31 de Janeiro de 1989) foi um escritor português.
Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, carreira que exerceu na sua terra natal e nas regiões da Beira Baixa e Alentejo, vindo mais tarde a trabalhar no Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
O seu volume de estreia foi Relevos (1938), livro de poesia onde se notam as influências do grupo da Presença. No mesmo ano, publicou o romance As Sete Partidas do Mundo, galardoado com o Prémio Almeida Garrett, onde se começa a esboçar o seu encontro com o neo-realismo, ainda mais patente três anos depois com a poesia de Terra no Novo Cancioneiro.

Coisas, Pequenas Coisas

Fazer das coisas fracas um poema.
Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada.
E tu, que não sabias o segredo,
perdes a vaidade.
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe.

Homem, até o barro tem poesia!
Olha as coisas com humildade.

Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

domingo, 30 de janeiro de 2011

Um Natal Atribulado

Este é o título do livro escrito pela turma EFA de Acção Educativa da ESDAH numa das actividades integradoras.
Felicitamos todas  as adultas pelo empenho e, apesar de estar fora de época, aqui fica o eBook.
Myebook - Um Natal atribulado - click here to open my ebook

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Que Há para Lá do Sonhar?


Céu baixo, grosso, cinzento
e uma luz vaga pelo ar
chama-me ao gosto de estar
reduzido ao fermento
do que em mim a levedar
é este estranho tormento
de me estar tudo a contento,
em todo o meu pensamento
ser pensar a dormitar.

Mas que há para lá do sonhar?

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1'

Parabéns, Vergílio Ferreira

Vergílio António Ferreira nasceu em 28 de Janeiro de 1916 e faleceu a 1 de Março de 1996.
Embora formado como professor, foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões. A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Comunidade de Leitores

"(...) Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer ! (...)"
                                              Fernando Pessoa


A Comunidade de Leitores da ESDAH irá reunir pela 1ª vez na próxima 4ª feira, dia 2 de Fevereiro, pelas 19 h na Biblioteca. Será um prazer ter um livro para ler, não para cumprir um dever, mas para partilhar as emoções e impressões que decorrem do universo da literatura.
A comunidade de leitores da ESDAH é um projecto de incentivo à leitura e estímulo à participação crítica dos seus elementos. Consiste no encontro de pessoas interessadas na leitura de obras literárias e, a partir de encontros mensais, reflectir e expor as suas impressões.
Contámos com a participação de todos e para aqueles que ainda não se inscreveram, podem fazê-lo através do blog, deixando um comentário devidamente identificado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Concurso Nacional de Leitura


O Plano Nacional de Leitura, em parceria com a RTP, com a Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas e com a Rede das Bibliotecas Escolares, promove o Concurso Nacional de Leitura, iniciativa direccionada a alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, com o objectivo de estimular a prática da leitura entre aqueles. As inscrições devem ser efectuadas até ao dia 14 de Janeiro.
O concurso é composto por eliminatórias a realizar nas escolas, por finais distritais e por uma final nacional que vai avaliar e premiar a leitura de obras literárias, efectuadas pelos estudantes dos graus de ensino referidos.