Ontem, sob o mote "O livro da minha vida", comemoramos o dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Agradecemos aos adultos e formadores que, com a melhor simpatia, partilharam o seu gosto pelos livros e a todos os formandos das turmas EFA que ouviram e aplaudiram. A todos, um muito obrigada.
"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve." Jorge Luis Borges
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Dia Internacional das Bibliotecas Escolares
No dia 25 de Outubro vamos comemorar o dia Internacional das Bibliotecas Escolares. Convidamos toda a comunidade escolar a participar num momento de partilha subordinado ao tema “O livro da minha vida”, pelas 20h e 30m na BE. Tragam um livro e partilhem todas as emoções que sentiram ao lê-lo e que vos acompanham ao longo da vossa vida.
domingo, 17 de outubro de 2010
Eu e as Mulheres da Minha Vida, de Tiago Rebelo
Trata-se de um romance escrito de forma ligeira e que conta uma história que por muitos terá sido vivida ou que, pelo menos, muitos já terão ouvido contar da boca de um amigo ou de uma amiga: um homem que, aos 35 anos, saturado da sua vida rotineira de marido e pai, dá por si envolvido com uma mulher que de início imaginou inacessível e para a qual não teria unhas.
Quase sem saber como, foi promovido no seu emprego e chega a director do banco onde era um amorfo funcionário. Foi nessa altura que, também quase sem saber como, a sua colega Cátia, a quem sugestivamente chamavam Monica Bellucci, revela ter interesse nele. Enfadado com a sua vida, envolve-se com ela, achando estar a viver um sonho. É claro que, esgotado o efeito novidade, essa nova relação acaba também ela por se tornar rotineira e o sonho vira pesadelo. Só que, nessa altura, a vida do marido (chama-se Zé, neste caso) estava já toda desordenada, vendo-se completamente incapaz de por ordem na casa. Junta à primeira uma segunda amante e entretanto começa a constatar que afinal de quem sente falta é da mulher, a genuína.
Portanto, é uma história já muitas vezes contada, especialmente no boca a boca, e que Tiago Rebelo resolveu passar à escrita, criando um romance muito leve e descontraído que pode ser lido de uma assentada. Não faltará quem se identifique com o enredo ou, pelo menos, com episódios do mesmo. A obra tem os seus momentos divertidos e vive, essencialmente, das personagens masculinas e dos seus diálogos, bastante vivos – era um livro que daria, por exemplo, uma peça de teatro bem animada, ou uma série despretensiosa. No cinema poderia dar uma comédia ligeira, mas isso é algo que em Portugal é uma espécie de sonho irrealizável. Se bem que se o Zé conquistou a Monica Bellucci…
Tiago Rebelo - Autor do mês de Outubro na BE
Nascido a 02 de Março de 1964, é casado e tem três filhos. Tirou o curso de Línguas e Literaturas Modernas na Universidade Nova de Lisboa, onde permaneceu durante 8 anos.
Iniciou a sua actividade profissional em 1986 na Rádio Renascença, conciliando, durante três anos, o trabalho de jornalista especializado em política na RTP. É jornalista há dezanove anos, sendo nos últimos seis anos um dos editores executivos da TVI, onde está desde 1994.
Tem publicado nove romances e quatro histórias para crianças. No seu percurso literário destacam-se três livros de contos infantis - "O Palácio Encantado", "A Boneca de Porcelana" e "O Pato Mercedes"
(edições Abril/Control Jornal para o Museu das Crianças).
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O Nome da Rosa, de Umberto Eco
“Pensa num rio, denso e majestoso, que corre por milhas e milhas entre robustos diques, e tu sabes onde está o rio, onde o dique, onde a terra firme. A certa altura, o rio, de cansaço, porque correu por demasiado tempo e demasiado espaço, porque se aproxima do mar, que anula em si todos os rios, já não sabe o que é. Torna-se o seu próprio delta. Permanece talvez um braço maior, mas muitos outros se ramificam, em todas as direcções, e alguns confluem uns nos outros, e já não sabes o que está na origem do que é, e por vezes não sabes o que ainda é rio e o que é já mar…”
Existem vários livros que gostava de partilhar, mas “O Nome da Rosa” surge porque a mensagem que pretendo transmitir está relacionada com o que escolher, um livro ou um a sua adaptação ao cinema?
Quando vi a adaptação de “O Nome da Rosa” no cinema fiquei muito desiludida, como quase sempre me acontece quando comparo o filme com o livro! Isto para dizer que a célebre frase “uma imagem vale mais que mil palavras” neste caso específico, e na minha opinião, não se aplica, pois as palavras deste livro, como de quase todos, permitiram-me construir uma história muito mais maravilhosa do que aquela que o realizador apresentou. Assim, mesmo estando na era digital, os livros continuam a seduzir de uma forma muito pessoal, pois a história que nos transmitem é única, tem sempre uma parte de nós!
Mara Machado
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Sinais de Joel Rothschild
Como pessoa com hábitos de leitura diária, encontro em quase todos os livros pontos de referência para reflexão, debate, aprendizagens…
Gostaria de partilhar o que um sobrevivente de HIV- SIDA e activista pelos direitos dos doentes com essa patologia, escreveu.
Gostaria de partilhar o que um sobrevivente de HIV- SIDA e activista pelos direitos dos doentes com essa patologia, escreveu.
Elejo este livro porque aborda aspectos pertinentes, como:
Desconhecimento sobre HIV-SIDA e seu contágio;
Lidar com a morte;
Formas de superar a dor e perda de quem se ama;
Espiritualidade.
O livro relata a morte do companheiro do autor (Joel) e o seu sofrimento não só pela perda da pessoa que amava, mas também por ele (Albert) faltar à promessa de lutar até ao fim contra a descriminação e a doença da SIDA, pois embora parecesse o mais corajoso, não aguentou e suicidou-se. Relata também como era ser homossexual nos anos 90. O preconceito, as injúrias e o desconhecimento sobre o contágio, chegando a comunidade gay (e não só) a pensar que ele ocorria porque frequentavam todos os mesmos lugares, como a piscina etc. Sublinha a coragem e tudo o que mudou na sua vida, a luta que trava, pois é das pessoas com SIDA que vive há mais tempo e uma das razões é acreditar que, quando precisa de ajuda, o seu Albert o visita em forma de um colibri.
Trata-se de uma leitura agradável, auto-biográfica, esteticamente bonita, que nos eleva e nos ajuda a encontrar um sentido na vida, mesmo após a morte de alguém e a acreditar que conseguimos vencer e superar situações difíceis como o sofrimento e a doença. Gostaria que este livro ajudasse a acabar com tanto preconceito que ainda reina em tantas mentes.
Delfina Fernanda Martins
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