Como pessoa com hábitos de leitura diária, encontro em quase todos os livros pontos de referência para reflexão, debate, aprendizagens…
Gostaria de partilhar o que um sobrevivente de HIV- SIDA e activista pelos direitos dos doentes com essa patologia, escreveu.
Gostaria de partilhar o que um sobrevivente de HIV- SIDA e activista pelos direitos dos doentes com essa patologia, escreveu.
Elejo este livro porque aborda aspectos pertinentes, como:
Desconhecimento sobre HIV-SIDA e seu contágio;
Lidar com a morte;
Formas de superar a dor e perda de quem se ama;
Espiritualidade.
O livro relata a morte do companheiro do autor (Joel) e o seu sofrimento não só pela perda da pessoa que amava, mas também por ele (Albert) faltar à promessa de lutar até ao fim contra a descriminação e a doença da SIDA, pois embora parecesse o mais corajoso, não aguentou e suicidou-se. Relata também como era ser homossexual nos anos 90. O preconceito, as injúrias e o desconhecimento sobre o contágio, chegando a comunidade gay (e não só) a pensar que ele ocorria porque frequentavam todos os mesmos lugares, como a piscina etc. Sublinha a coragem e tudo o que mudou na sua vida, a luta que trava, pois é das pessoas com SIDA que vive há mais tempo e uma das razões é acreditar que, quando precisa de ajuda, o seu Albert o visita em forma de um colibri.
Trata-se de uma leitura agradável, auto-biográfica, esteticamente bonita, que nos eleva e nos ajuda a encontrar um sentido na vida, mesmo após a morte de alguém e a acreditar que conseguimos vencer e superar situações difíceis como o sofrimento e a doença. Gostaria que este livro ajudasse a acabar com tanto preconceito que ainda reina em tantas mentes.
Delfina Fernanda Martins
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