segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Nome da Rosa, de Umberto Eco

 “Pensa num rio, denso e majestoso, que corre por milhas e milhas entre robustos diques, e tu sabes onde está o rio, onde o dique, onde a terra firme. A certa altura, o rio, de cansaço, porque correu por demasiado tempo e demasiado espaço, porque se aproxima do mar, que anula em si todos os rios, já não sabe o que é. Torna-se o seu próprio delta. Permanece talvez um braço maior, mas muitos outros se ramificam, em todas as direcções, e alguns confluem uns nos outros, e já não sabes o que está na origem do que é, e por vezes não sabes o que ainda é rio e o que é já mar…”


Existem vários livros que gostava de partilhar, mas “O Nome da Rosa” surge porque a mensagem que pretendo transmitir está relacionada com o que escolher, um livro ou um a sua adaptação ao cinema?
Quando vi a adaptação de “O Nome da Rosa” no cinema fiquei muito desiludida, como quase sempre me acontece quando comparo o filme com o livro! Isto para dizer que a célebre frase “uma imagem vale mais que mil palavras” neste caso específico, e na minha opinião, não se aplica, pois as palavras deste livro, como de quase todos, permitiram-me construir uma história muito mais maravilhosa do que aquela que o realizador apresentou. Assim, mesmo estando na era digital, os livros continuam a seduzir de uma forma muito pessoal, pois a história que nos transmitem é única, tem sempre uma parte de nós!
Mara Machado

1 comentário:

  1. Excelente escolha, livro e posterior adaptação ao cinema.
    Glória Pimenta

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